A capital da Toscana figura entre as cidades do mundo de valor artístico e cultural inestimável. Berço do renascimento, a fundação de Florença data da época do império Romano. A cidade já gozava de um certo prestígio, alto desenvolvimento econômico e uma ascensão do comércio quando os Médici assumiram o controle. A riqueza da família financiou igrejas e patrocinou as artes, tornando Florença o centro do humanismo Europeu. Ali, foram apresentados para o mundo nomes como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Botticelli.
Se não fosse verdade absoluta dizer que a cidade é um museu a céu aberto, seria mais um clichê. Definitivamente, minha cidade italiana preferida (perdendo somente para Roma). Na praça Santa Maria del Fiore, prepare-se para perder o fôlego: a Catedral, conhecida por Duomo de Florença, erguida e reparada durante séculos, é majestosa. A famosa cúpula, construída por Filippo Brunelleschi, é merecidamente um dos cartões postais da cidade. A fachada, concluída em 1887 em estilo neogótico, é toda feita de mosaicos em mármores coloridos, tudo arrematado por suntuosas portas de bronze ornamentadas com cenas em auto relevo.

Arte e história fazem parte de cada esquina, de cada ruazinha. Em uma pequena e quase invisível rua, podendo até mesmo passar despercebida por pessoas menos atentas, localiza-se a Igreja Santa Margherita dei Cerchi. Ali, cercado por aquelas paredes simples e infinitamente menos ornamentadas que a Catedral Santa Maria del Fiore é que Dante Alighieri apaixona-se por Beatrice. Uma história de amor que nunca se concretizou. Ela morre aos 24 anos e ele refugia-se na literatura, tornando-se o mais famoso poeta italiano. A “Divina Comédia” retratada em afrescos de Domenico di Michelino em 1465 enfeita, ainda mais, a nave do Duomo de Florença.
A Piazza della Signoria, pelo contrário, salta aos olhos. Uma grande coleção de esculturas, ali
mesmo no meio da praça, te convida a dar um passo adiante. Marcam presença artistas ilustres como, por exemplo, Donatello. Não é preciso andar muito por Florença para se deparar com um grande arsenal das tartarugas ninja. A maioria das estátuas ali são réplicas, inclusive o Davi de Michelangelo. Os originais, em grande parte, encontram-se espalhados pelos muitos museus da cidade. O Davi localiza-se na Galleria dell’Accademia, e é parada obrigatória. A obra símbolo de Florença, esculpida nos mínimos detalhes, é extremamente realista (e enorme). Impressiona até os que não se consideram amantes das artes. Ao redor da praça, na Galleria deli Uffizi, descansa esplendorosa a Vênus de Botticelli. Na Basilica di Santa Croce, estão enterrados ilustríssimos homens, incomparáveis, como Michelangelo, Galileo e Maquiavel.
Sobre o rio Arno, a Ponte velha ostenta. Reconstruída no século XIV, abriga uma grande quantidade de lojas, principalmente joalherias. Artigos em ouro e prata, alguns finamente esculpidos com o símbolo de Florença. Um luxo. Mais do que isso, a Ponte Vecchio é charmosa e encantadora. Florença é uma cidade relativamente pequena, mas uma vida inteira não seria suficiente para explorá-la. Quais museus visitar em Florença? Todos! Quais ruas, praças conhecer? Todas! Onde comer bem? Em qualquer lugar! Mas não se esqueça de experimentar a Bistecca alla Fiorentina, uma das receitas italianas mais apreciadas do mundo e típica dessa região da Itália. O corte vem do T-bone, num baita pedaço de carne de mais ou menos 8 centímetros de altura: uma crosta dourada por fora envolve a carne praticamente crua por dentro. A culinária italiana nunca deixa a desejar…
Linda Florença…!!!
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