Banhada pelo mar e incrustada nas montanhas surge Salerno. Logo na chegada, o verdadeiro cartão postal da Costa Amalfitana. Casinhas construídas sobre o desfiladeiro, coloridas e desajeitadas, numa desordem simpática. A cidade é aconchegante, e oferece paz e tranquilidade aos viajantes. Um passeio pelas diminutas praias de areia escura, e cheias de pedrinhas em nada lembram o extenso litoral brasileiro. É por isso que encanta, é diferente. Chega a ser inusitado. Em plena primavera fria, italianos já estendem suas toalhas em busca de sol e calor. Com pouco tempo para explorar, andamos de trenzinho por Salerno. Vimos as ruas estreitas e charmosas, igrejas e parques com árvores frondosas e cheia de frutos, mar esverdeado, e acima de tudo pessoas simpáticas e prestativas. Salerno foi nosso ponto de partida.
A costa Amalfitana estende-se por 60 quilômetros no litoral da Campânia entre Salerno e Sorrento. De carro, percorremos o litoral por estradas esculpidas no precipício em direção a Amalfi. O cenário a beira-mar é encantador. A beleza e o estilo de cidadezinha do litoral fazem de Amalfi uma cidade muito visitada durante a alta temporada. Caminhando pelas ruas é fácil encontrar lojinhas de frutas e licores. O limoncello, licor de limão produzido nessa região da Itália, pode ser encontrado facilmente e é uma delicia. E por falar em limão, os limoeiros estão por toda parte e você vai, com certeza, se impressionar com o tamanho deles. O Duomo di Sant’Andrea, catedral do século IX, surpreende pela escadaria que termina na fachada de mármore e pedras reconstruída em 1891. Hora de colocar o carro na estrada.
Dormimos em Pompeia, sob a quietude ensurdecedora do vulcão Vesúvio. Em 79 d.C. uma erupção destruiu as cidades Romanas de Pompeia e Herculano. A 22 quilômetros de Nápoles, Pompeia foi literalmente sepultada pelas cinzas do vulcão. A cidade esquecida foi redescoberta 1600 anos depois. Acredita-se que a exposição ao calor tenha sido a principal causa das mortes dos habitantes de Pompeia. A cidade foi totalmente coberta por fragmentos de rochas expelidas pelo Vesúvio que chegaram a impressionantes 25 metros de profundidade. A escavação de um canal subterrâneo para desviar o curso do rio Arno, em 1599, revelou a cidade perdida. Percebeu-se espaços vazios circundando os esqueletos humanos soterrados. Os corpos se decompuseram dentro da cinza endurecida, deixando para trás o vazio, uma moldura dos habitantes de Pompeia mortos no desastre. O gesso derramado nesses espaços fez renascer os habitantes, e revelou suas posições no momento da tragédia. Mais de mil “corpos” foram encontrados. A cinza preservou Pompeia por séculos, que hoje engessada revela uma riqueza de detalhes inacreditável aos olhos. Andar pelas ruínas é voltar no tempo. As casas, os utensílios domésticos, e até as marcas de roda nas ruas, agora esburacadas, revelam como era a vida ali há quase dois mil anos. As obras de arte recuperadas, muitas transportadas para museus da região. As paredes das casas sempre pintadas, ornamentadas. Esculturas. Pompéia, a cidade que sobreviveu intacta a passagem tempo, mesmo que morta, petrificada, ela vive.
Larissa adorei te conhecer sou agora sua fã. Desejo sucesso pra vc no seu lançamento do seu livro☺ beijos😙😙😙.
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Oi! Que bom que você me achou. Estou na conferência em Gramado na correria e só vi sua mensagem agora. Vamos mantendo contato! Um beijo!
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