O ano de 1610 seria marcado por descobertas extraordinárias. Ainda em 1609, o pai da ciência moderna, surpreendeu-se ao observar que Lua não possuía uma superfície lisa e polida como se acreditava, mas sim deformada por crateras e montanhas, formando um corpo celeste irregular e imperfeito.  Ao apontar um telescópio para o céu de Veneza, Galileu Galilei também notou que a faixa esbranquiçada nomeada apropriadamente pelos gregos de “Caminho de Leite” era na verdade um conjunto de pequenas estrelas que não podiam ser distinguidas a olho nu. Mais do que isso, Galileu observou, no dia 7 de janeiro, três “estrelas” próximas a Jupiter que se movimentavam de forma um tanto peculiar.  Na noite do dia 13, outra estrela apareceu no campo de visão de seu telescópio. Quando ele percebeu que essas quatro “estrelinhas” eram na verdade satélites que orbitavam Jupiter, ele se deu conta do tamanho da sua descoberta.  Talvez a teoria heliocêntrica não fosse um completo absurdo afinal de contas. O pequeno livro de apenas 30 folhas publicado em março de 1610 proclamou de forma decisiva o rompimento com o pensamento Aristotélico, mesmo que esse ainda tenha sido a base do ensino na Europa pelos próximos 200 anos. Deixo as famosas e importantes descobertas do início do século XVII serem apresentadas nas palavras do próprio Galileu em seu Mensageiro das estrelas:

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