
A Pérsia, um dos maiores impérios da antiguidade, mostrava sinais de altivez já no início do primeiro milênio antes de Cristo. Dário I conquistou um território que se estendia da Índia ao Egito no início século V a.C. Seu filho, Xerxes I, tentou invadir a Grécia, e ao tomar Atenas destruiu os santuários da Acrópole, mas sucumbiu à força dos gregos que mantiveram seu território, amargando, contudo, a afronta do maior e mais poderoso Estado que o mundo até então havia conhecido: o Império Persa Aquemênida. A releituras fictícias dessas batalhas foram eternizadas na tela do cinema em 300 e 300: A ascensão do Império, nos quais Xerxes I foi vivido pelo ator brasileiro Rodrigo Santoro.
Com o território esfacelado devido a competição com as potências industriais Européias na época dos impérios coloniais, os Persas podem ser encontrados em diversos países como Afeganistão, Tajiquistão, Uzbequistão, China e Irã, que até 1935 chamava-se oficialmente Persia. No coração do atual Irã, a capital cultural do país, Shiraz, abriga artistas, poetas e acadêmicos. Mas a cidade data de muito antes, e suas primeiras menções nos remetem a 2000 a. C. Um lugar mais que especial, notado muito tempo antes quando a 70 km dalí nascia a capital do Império Aquemênida. As ruínas de Persépolis, a cidade Persa, foi declarada como Patrimônio da humanidade pela UNESCO em 1979. Os desenhos abaixo representam como teria sido Persépolis no auge do Império (ilustrações retiradas do site Persepolis)
A decadência da Pérsia era evidente em 401 a. C. Um então desconhecido Alexandre, após a morte de seu pai Felipe II da Macedônia (que governou a maior parte da Grécia), resolveu aproveitar o mal momento Persa e desembarcou seu exercito na Ásia menor em 334 a. C. A resistência do Império Arquemênida centralizou-se exatamente em Persépolis que foi invadida e conquistada por Alexandre, o Grande, que antes de completar 30 anos já possuía um dos maiores impérios da antigüidade. A Persia agora se rendia a Grécia. Acredita-se que como uma ato de vingança pela destruição dos santuários em Atenas um século antes, Alexandre incendiou Persépolis. O fogo que começou no Palácio Hadith, ocupado anteriormente por Xerxes I, se alastrou por todo o restante, enterrando de vez o domínio Persa. Ainda hoje nas escolas do Irã, Alexandre é visto como o grande vilão que destruiu o Império. Resquícios do incêndio ainda podem ser vistos nas ruínas.
E nesse cenário histórico, uma caminhada por entre as colunas ainda erguidas da cidade que foi a capital do mundo, fechar os olhos e voltar no tempo há mais de 3000 anos, rejuvenesce a alma. O Sol se põe, escrevendo, a cada dia, mais um capítulo da história da humanidade com os olhos de quem já viu tudo o que se passou ali naquelas terras, hoje áridas, da antiga Pérsia.
Muito bom…!!!!!
CurtirCurtir
Ótima matéria
Morei no Iran e convivi com este mundo
Parabéns Larissa
Eduardo Gribel
CurtirCurtir
Obrigada. Volte sempre ao blog!
CurtirCurtir